
O programa 5S surgiu no Japão por volta de 1950, após a 2ª Guerra Mundial, com o objetivo de eliminar a sujeira das fábricas e a desorganização que a guerra proporcionou no país.
É considerado o primeiro passo para alcançar a qualidade, pois proporciona um ambiente organizado e limpo e pode ser utilizado em qualquer ramo de atividade, seja uma fábrica, um escritório, uma oficina. O 5S não trata de deixar as coisas no lugar para que fique “arrumado” e sim para que a empresa consiga criar e manter uma cultura da qualidade.
Os 5S é considerado um bom senso que pode ser praticado e aperfeiçoado, proporcionando o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores, de forma que melhore a eficiência da utilização dos recursos utilizados.
MAS O QUE SIGNIFICA 5S?
Os 5S significa os 5 sensos que devemos adotar em nosso dia-a-dia:
SEIRI:
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Senso de utilização
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SEITON:
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Senso de organização
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SEISO:
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Senso de limpeza
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SEIKETSU:
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Senso de padronização, asseio e arrumação
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SHITSUKE:
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Senso de disciplina
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O 5S é considerado o primeiro passo para alcançar a qualidade…
O 5S é considerado o primeiro passo para alcançar a qualidade…
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Voltando a tratar da cultura, para que os 5S sejam colocados em prática, as pessoas precisam estar integradas no programa e cumprir os objetivos propostos. Porém, não adianta somente implantar o programa, sendo que o desafio é conseguir mantê-lo, pois o mesmo envolve uma mudança de cultura, intervindo no comportamento e costumes até então mantidos pelos funcionários da organização.
APLICAÇÃO DOS 5S
Senso de utilização: ver se realmente você necessita de tudo aquilo que está ao seu redor. Separar as coisas que realmente são necessárias, e as desnecessárias poderão ser reaproveitadas em outro local ou até mesmo descartadas.
Senso de organização: após separar o que é necessário, você deverá colocar cada coisa em seu devido lugar, com etiquetas, placas ou outros meios de identificação, que facilitará na hora que precisar usá-las.
Senso de limpeza: agora que o ambiente tem somente o necessário e cada coisa está em seu lugar, devemos mantê-lo limpo, não deixando acumular sujeita e muito menos coisas desnecessárias. Lembrando que o mais importante não é o ato de limpar, mas sim o ato de não sujar.
Senso de padronização, asseio e arrumação: a padronização está relacionada a hábitos arraigados que fazem com que pratiquemos os 3S anteriores. Os equipamentos e as áreas de trabalho devem estar sempre limpos e asseados para garantir a segurança no trabalho e os itens desnecessários (quebrados, usados) devem ser removidos. Deve-se preocupar com um ambiente favorável de trabalho, zelando pela higiene pessoal, tendo um posicionamento ético e cultivando um clima de respeito mútuo nas diversas relações de trabalho.
Senso de disciplina: é a manutenção dos 4 sensos anteriores, através da conservação das melhorias obtidas e dos procedimentos adotados com sua implantação. Esse senso é muito importante para o sucesso do programa.
Antes da implantação de qualquer programa de qualidade, a utilização do 5S é muito recomendada uma vez que ele vai “deixar a casa organizada” para receber as melhorias nos processos e apoiar na criação da cultura da qualidade.
Existe muito mais para se falar do 5S, inclusive, seus desdobramentos, como o 8S, ou o 5S Digital.
A sua empresa utiliza 5S? O que você acha disso? Como o 5S mudou ou está mudando a cultura na sua empresa? Compartilhe sua experiência conosco…
REFERÊNCIAS
MARTINS, Petrônio G. LAUGENI, Fernado P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 5ª ed., 2005.
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SILVA, J. M. O ambiente da qualidade na prática – 5S. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1996.
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Autor(es): Rosemary Martins
Jeison Arenhart De Bastiani
Jeison Arenhart De Bastiani
Sobre o(s) autor(es)
Rosemary Martins
Administradora de Empresas, Pós-graduada em Comportamento Organizacional e Recursos Humanos, Mestre em Engenharia da Produção e Sistemas. Você também pode encontrar mais informações sobre meus posts no meu perfil do Google+
Jeison Arenhart De Bastiani
Editor do BlogdaQualidade.com.br Tecnólogo em Sistemas de Informação, Especialista em Gestão da Produção e Mestrando em Engenharia da Produção pela UTFPR. Você também pode encontrar mais informações sobre meus posts no meu perfil do Google+
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