Ser fotógrafo é preocupar-se com questões técnicas como foco, luz, enquadramento, abertura, velocidade. Decidir se vai congelar ou registrar o movimento, se vai usar filme ou fazer em digital, se vai enveredar pelo caminho artístico ou documental. E se for repórter fotográfico, estar preparado para registrar desde um crime, um acidente, até um espetáculo de teatro ou uma bela paisagem natural. Se dedicar à fotografia realmente não é algo fácil (ou rotineiro). Por isso, o Caderno Vida presta uma justa homenagem a esses bravos profissionais neste Dia do Fotógrafo.Nesta edição, mostramos um pouco do que é o trabalho dos repórteres fotográficos da "casa", Chico Ferreira, João Vieira, Marcus Vaillant e Otmar Oliveira. Eles ficaram livres para decidir o que gostariam de mostrar e o resultado é um caleidoscópio de aspectos variados do dia-a-dia, da vida dos mato-grossenses. Momentos que nem sempre foram de alegria e de beleza e certamente deram um nó no estômago, ou despertaram indignação, revolta. De sorte que há os momentos que dão um prazer especial de fotografar e até encorajam o profissional a "batalhar" por uma espaço maior para o trabalho na capa do jornal.
Por meio de suas lentes estão passando também uma leitura de mundo, um ângulo que muitas vezes é único. Fotografia, nesse sentido, também é opinião, é uma forma de expressar-se, de demonstrar interesses, de colocar sentimento e preocupações para fora. De revelar ao mundo o que, muitas vezes, só ele pode ver e sentir naquele momento. Como diz o famoso fotógrafo português Gerard Castello-Lopes, a fotografia "é ao mesmo tempo um registro da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira".
O fotógrafo é, antes de tudo, um generoso, que presenteia as pessoas com a possibilidade de ter esses momentos preservados para as gerações futuras. Resta-nos dizer-lhes. Então, um muito obrigado neste dia tão especial.
Fonte ► Luiz Fernando Vieira ► http://www.gazetadigital.com.br
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